FICHA DE LEITURA Aline
Fonte: Costa, Frederico Lustosa da
Relações Estado-Sociedade no Brasil: Representações para uso de Reformadores
Dados – Revista de Ciências Sociais, vol. 52, nº 1, Rio de Janeiro, pp. 161 a 199
Jan/jun 2009
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O autor observa como os principais escritores sobre a realidade brasileira destacam que as raízes do subdesenvolvimento nacional têm sua origem na formação histórica do país, gerando uma série de “determinantes que condicionam o sistema político, o
Estado e suas relações com a sociedade e a economia”. (p.161)
Estas peculiaridades, segundo o autor, “constituem modos de ser, proceder, ou pensar que caracterizam a instituição brasileira, relações sociais e representações do mundo social e político”. (p. 161)
Extraindo importantes opiniões de outros estudiosos sobre o tema, Lustosa propõe-se a analisar três dos aspectos usualmente utilizados nas interpretações da realidade brasileira que, supostamente, constituem as causas de uma eficácia limitada na ação governamental, quais sejam, o Patrimonialismo, o Mandonismo e o Personalismo (ou Pessoalidade).
Para discorrer sobre o Patrimonialismo, o autor recorre à sociologia weberiana, no contexto da dominação tradicional, destacando seu desdobramento em Patrimonialismo patriarcal e estamental.
Quanto ao Mandonismo, na sua clássica modalidade brasileira de coronelismo, o autor o interpreta como “sistema de dominação exercido pelos potentados rurais.”(p.175)
Já em relação ao Personalismo (ou Pessoalidade, Frederico Lustosa o caracteriza - baseado na concepção do antropólogo Roberto DaMatta - como “uma forma particular de hierarquização social baseada na distinção entre indivíduos e pessoas propostas por Louis Dumont e introduzida na “sociologia do dilema brasileiro”.”(p.186)
Esses três fenômenos, segundo o autor, podem ser caracterizados como estrutura e função, em virtude de suas