Ficha 18
Conjunto 1 1- No documento 1 é uma fotografia da “Lavra no Ribatejo (anos 60)” onde é possivel ver um pastor a guiar os bois que estão a lavrar a terra, enquanto um agricultor vai atrás auxiliar. Esta fotografia remete a um país agrário que continuava num mundo sobrepovoado e pobre, com índices de produtividade que não atingiam sequer a metade da média europeia. Na década de 60, a agricultura viu-se relegada para segundo plano e foi olhada por muitos como um caso sem solução. O que levou a uma imensa debandada dos campos, quer em direcção às cidades do litoral, quer para o estrangeiro. 2- Assim, logo em 1945, a Lei de Fomento e Reorganização Industrial estabelece as linhas-mestras da política industrializadora dos anos seguintes, considerando que o seu objectivo final é a substituição das importações. Por outras palavras, Portugal continuava, no pós-guerra, a seguir um ideal de autarcia que o colocava à margem da economia mundial. Portugal continuava um país rural e a sua economia baseava-se na agricultura, dando pouca importância a indústria “que a indústria é a mais importante das actividades económicas nacionais”(doc.2). Entretanto, e numa aparente contradição, o nosso país assinou, em Abril de 1948, o pacto fundador da OECE, integrando-se nas estruturas de cooperação previstas no Plano Marshall. A participação na OECE reforçou a necessidade de um planeamento económico, conduzindo à elaboração dos Planos de Fomento que, a partir de 1953, caracterizam a política de desenvolvimento do Estado Novo “o primeiro grande objectivo a ter em conta com a nova política industrial temde ser o de facilitar a rápida adesão dos nossos empresários às realidades concorrenciais mundiais”(doc.2). No I Plano de Fomento (1953-1958) não rejeita a nossa vocação de país agrícola, embora reconheça a importância da industrialização para a melhoria do nível de vida. O plano prevê um conjunto de investimentos públicos a distribuir por vários sectores, com prioridade