Ficamento Roberto
913 palavras
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Capítulo IIA OPERAÇÂO HISTORIOGRÁFICA
“Encarar a história como uma operação será tentar, de maneira necessariamente limitada, compreendê-la como a relação entre um lugar (um recrutamento, um meio, uma profissão, etc,), procedimentos de análise (uma disciplina) e a construção de um texto (uma literatura).” (p. 66)
“A escrita da história se constrói em função de uma instituição cuja organização parece intervir: com efeito, obedece regras próprias que exigem ser examinadas por elas mesmas.” (p.66)
“Toda pesquisa historiográfica se articula com um lugar de produção sócio-econômico, político e cultural.” (p.66)
“Ela está, pois, submetida a imposições, ligada a privilégios, enraizada em uma particularidade. É em função deste lugar que se instauram o métodos, que se delineia uma topografia de interesses, que os documentos e as questões, que lhes serão propostas, se organizam” (p.66-67)
“Analisando uma “dissolução do objeto” (R, Aron), tirou da história o privilégio do qual se vangloriava, quando pretendia reconstituir a “verdade” daquilo que havia acontecido.” (p.67)
“Desde então veio o tempo da desconfiança. Mostrou-se que toda interpretação histórica depende de um sistema de referência; que este sistema permanece uma “filosofia” implícita particular; que infiltrando-se no trabalho de análise, organizando-o à sua revelia, remete à “subjetividade” do autor.” (p.67)
“ Essa “crítica” representava um esforço teórico. Marcava uma etapa importante com relação a uma situação francesa, onde prevaleciam as pesquisas positivas e reinava o ceticismo acerca das “tipologias” alemãs”. (p.67)
“O recuso às opções pessoais provocaria curto-circuito no papel exercido, sobre a idéias, pelas localizações sociais.” (p.68)
“Os nascimento de “disciplinas” estão ligados à criação de grupos.” (p.69)
“Desta relação entre uma instituição social e a definição de um saber, o contorno aparece, desde Bacon ou Decartes, com aquilo que se chamou de “despolitização dos sábios.” (p.69)
“Este corte