FHC E LULA
O governo do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC) durou dois mandatos consecutivos (1995-1998 e 1999-2002), período em que o Brasil viveu a solidificação da moeda implantada em 1993 pelo governo de Itamar Franco. FHC promoveu o equilíbrio orçamentário, a reforma do estado e a reforma monetária. Possíveis através do ajuste fiscal e implantação de uma nova moeda.
Após as inúmeras tentativas dos governos anteriores em combater a inflação, principal agente dos problemas econômicos do país, o plano Real entrou em cena como principal solução para combater as crises inflacionárias. Os governantes adotaram o dólar americano como ancora cambial, aproveitando as condições favoráveis que este oferecia. Para Fernando Henrique Cardoso, que foi ministro da Fazenda no governo Itamar, o plano Real foi ainda um grande propulsor político, que garantiu suas duas eleições pela estabilidade monetária finalmente alcançada no país. Enquanto outros países em desenvolvimento buscavam o crescimento econômico, no Brasil o principal objetivo estava na preservação da estabilidade monetária.
Infelizmente, mesmo com o sucesso do plano Real, alguns problemas decorrem da sua implantação. O endividamento externo e interno toma forma nos custos de se manter a moeda estável. Surgem dificuldades no crescimento devido aos altos juros, ocasionando perda de investimentos, além da desvalorização da moeda nacional perante o dólar. A dívida externa cresceu além das exportações e com o fim da igualdade cambial com o dólar, o governo passa a adotar um sistema de metas de inflação.
Ainda que muitas fossem as intempéries financeiras o governo solidificou seu projeto macroeconômico de estabilização do plano Real, mesmo com baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), altos níveis de desemprego, utilizando de recursos externos como o auxílio do FMI (Fundo Monetário Internacional), venda de dólares para promover as taxas cambiais