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307 palavras
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"Faço de mimCasa de sentimentos bons
Onde a má fé não faz morada
E a maldade não se cria."
Eu não quero encontrar a pessoa certa, não, não mesmo. Quero que ela seja toda errada, toda torta, que venha na hora errada, que entre pela janela ao invés da porta, que chegue em uma data qualquer e sem aviso prévio, que venha despreparada ou chegue atrasada, mas que aos poucos não queira partir, não consiga ir embora. Não quero que ela me ame assim que me veja, talvez até que não vá com a minha cara, que me ache de repente superficialmente chata ou antiquada, mas que entenda que gostar ou não de alguém é algo que só depende da convivência e do “se permitir” conhecer ao outro. Não quero que ela veja minhas qualidades de pronto, nem que me ache incrível no primeiro encontro caso eu lhe arranque suspiros. Não, não quero. Quero sim é que descubra aos poucos o melhor de mim. Não quero que ela seja irresistível, daquelas pessoas que só de olhar dá vontade de engolir ou pôr no bolso. Não isso não. Eu quero é alguém a quem eu não queira resistir, com todas as coisas erradas e certas que ela possa ter. Que ela fale pouco, sonhe muito e me vire do avesso. Que ela seja menos do que espero, mais muito mais do que mereço. Não quero que ela seja super interessante, quero que ela tenha manias e erros irreparáveis e tudo isso a torne antes de tudo singular. Não quero a pessoa certa. Quero a pessoa errada, que vá contra minha racionalidade, aos padrões da sociedade, aí sim, saberei que realmente é pra ser!