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Popper não segue os pressupostos de Locke, que falava da tabula rasa; muito pelo contrário, diz ele, a mente é uma tabula plena. Ele coloca-se igualmente contra Bacon, que apostava no procedimento indutivo, acreditando, no melhor estilo fenomenológico, que o espírito devesse "sair de si" e prestar atenção às coisas, afastando-se dos conceitos prévios. Para Popper, opostamente, a coisa não pode ser bem assim. Na observação direta há deturpações, a evidência pode estar "contaminada", ou seja, viciada, desgastada e nada garante que observações freqüentes do mesmo fenômeno aproximem-se mais à verdade. Bachelard amplia essa recusa à aceitação das impressões iniciais como dignas de validades, ao afirmar que a fonte é "impura" e que se precisa romper com o objeto imediato, com sua sedução, pois poesia não tem nada a ver com ciência. Diante de um espírito poético expansivo deve-se colocar o "espírito