Feudalismo
Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CESA
Departamento de Ciências Econômicas – DECON
História Econômica – Elisiane Antoniazzi
Trabalho por: Milena Demetrio
‘O período que verá a cristandade afirmar-se é o período da grande decolagem do que será finalmente a Europa, mas essa decolagem poderia ter sido mais cedo contrariedade não tomou inexoravelmente a direção de uma unificação da futura
Europa. Pode-se falar de estrato feudal da Europa” – Le Goff, Jacques – As
Raízes Medievais da Europa
O sistema feudal foi um conjunto de leis e costumes que regeram a ordem política e social numa parte da Europa, no período que corresponde ao fim da época carolíngia ao fim da
Idade Média. Consistia tanto na predominância de uma classe de guerreiros quanto nos laços de proteção de homem a homem, dissimulando o desaparecimento da autoridade pública. Quanto maior era o crescimento do Império Romano maior era sua fragilidade. Os povos conquistados tinham permissão do Império para continuar com sua cultura particular, cultuar seus próprios deuses, manter seus costumes e moeda, e eles, em troca, incluíam em suas cidades templos para os deuses da capital. Cada nova cidade conquistada tinha um governador que dentro de seus limites territoriais era o soberano, podendo criar leis e aplicá-las. A descentralização do poder e o demasiado custo de manutenção das terras conquistadas tornaram o grande império suscetível a invasões dos povos vizinhos, chamados pelos romanos de Bárbaros.
Acuados pela ameaça iminente, os cidadãos deixaram as cidades e migraram para o campo, procurando tranquilidade e proteção. Esta atitude causou uma desvalorização da moeda e estimulou as trocas e a agricultura de subsistência, pois as cidades perdiam seu poder, como cita Jacques Le Goff em As Raízes Medievais da Europa: “A economia monetária recua dando lugar a um aumento da troca. O comércio de grande raio de ação quase
desaparece,