Festas Galantes
Cadeira – História da Arte Barroca
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Entrada de Catálogo
Nicolas Lancret – Festa Galante
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Docente – Carlos Moura
Discente – Susana Sarmento
Maio de 2014
AS Festas Galantes e os Retractos Mundanos
Nesta “Festa Galante” de Nicolas Lancret, nada nem ninguém parece ser o centro das atenções. Na clareira de um jardim, mergulhados por uma luz suave um grupo de pessoas vestindo roupas de ceda garridas divertem-se. O grupo central composto por homens e mulheres conversam animadamente sentados no chão em posses descontraídas. No segundo plano da composição, à direita, um jovem galanteia uma bonita mulher. Do lado oposto destes, várias senhoras sentadas em poses afectadas olham para o grupo que conversa no chão e uma outra olha para dois jovens. que namoram de forma sedutora. De uma forma geral todos os elementos do grupo apresentam uma certa semelhança e todos contribuem para a celebração.
Esta pintura pertence à categoria das cenas de género dentro das quais se incluem as Festas Galantes.
As representações pictóricas das Festas Galantes são impregnadas de uma atmosfera sensual onde as personagens vestidas com ricos trajes de seda se relacionam futilmente através de atitudes lânguidas e gestos comedidos e incompletos. Damas e Cavalheiros vestem-se como os personagens, da Commedia dell arte1, passando um ar festivo de sonho e ficção. Normalmente estas cenas Galantes têm como fundo, não os interiores luxosos, mas os parques e jardins, com árvores e vegetações floridas e espelhos de água, numa tentativa de associar e aproximar o requinte, o prazer e a alegria ao bucolismo, então em voga graças às ideias de Jean- Jacques Roussaeau, que defendia um relacionamento mais estreito entre o