Ferômonios em insetos da ordem diptero
A comunicação é um processo vital para as interações intra e interespecífica de todos os organismos, no qual pode ser definida como um processo que envolve a transmissão de sinais entre indivíduos. As substâncias químicas utilizadas para a comunicação são denominadas semioquímicos [do grego “semion” (= marca ou sinal)]. Dentre os semioquímicos mais importantes destacam-se os feromônios [do grego “pherein” (= transferência) + “hormon” (= excitar)], substâncias excretadas por organismos vivos e detectadas por outros indivíduos da mesma espécie, causando mudanças de comportamento específicas. Feromônios, portanto, atuam na comunicação intraespecífica, ou seja, entre membros de uma mesma espécie, quando é liberado pelo macho ou pela fêmea e atrai o sexo oposto é conhecido como feromônio sexual. Assim, o objetivo deste seminário e abordar sobre aspectos relacionados á feromônios sexuais, dando ênfase em insetos da ordem díptera. Os sinais químicos são percebidos por células nervosas receptoras localizadas dentro das sensilas olfativas, as quais estão presentes principalmente nas antenas, podendo, também, estarem localizadas nas mandíbulas, palpos, tarsos e no ovipositor. Em espécies do gênero Anastrepha a liberação dos atraentes sexuais é feita pela distensão lateral da cutícula abdominal na altura do terceiro ao quinto segmentos, formando bolsas que estão associadas às glândulas exócrinas pleurais, que estão associadas às glândulas salivares. Os machos produzem feromônios para atrair machos e fêmeas coespecíficas para os “leks” (assembléias de machos). Nas espécies deste gênero, um macho pioneiro escolhe um determinado sítio e inicia o comportamento de chamamento e corte, emitindo sinais químicos que atraem outros machos para o mesmo local, os quais também passam a exibir um comportamento coletivo que envolve movimentos estereotipados e a liberação simultânea de sinais químicos, acústicos e visuais, para