Ferreira de Castro - Eternidade
Ferreira de Castro
- Eternidade -
Francisco Alexandre Pinheiro Pires
2012/2013
Índice
Introdução
No âmbito da disciplina de Língua e Literatura Portuguesa III, coube-me escolher uma obra de um determinado leque de autores. Já tendo lido obras de todos os outros, surgiu-me Ferreira de Castro como a escolha natural, por forma a expandir os meus horizontes e conhecimentos literários.
Depois de uma investigação primária (biográfica e estilística) do autor, alguns pontos habituais de focagem da sua escrita pareceram certos: uma postura eminentemente humanista, de defesa dos direitos do homem e dos trabalhadores; a utilização da literatura como veículo de chamada de atenção para os problemas e características sociais ao tempo da vida de Ferreira de Castro – características do que seria considerado o neo-realismo. Como veículo que era de transmissão de ideias, a escrita de Ferreira de Castro pauta-se pela simplicidade de transmissão das suas ideias e da escrita: forma de levar a compreensão das suas obras e da mensagem nelas contidas ao maior número possível de leitores numa população maioritariamente analfabeta.
Não esquecendo o período de vida do autor entre 1898 e 1974, fácil é de concluir que o mesmo viveu num período de grande conturbação política e social – viveu durante a segunda república e assistiu à implantação do estado Novo, em 1933 – ano em que escreveu, exactamente, “Eternidade”. Ao longo da sua vida, assistiu a não poucas calamidades sociais, entre as quais se destacam as duas guerras mundiais. No fim, no entanto, acabou por falecer com uma luz de esperança na sua visão de um futuro lúgubre para a sociedade: a libertação de Portugal do regime opressivo do Estado Novo, com o 25 de Abril de 1972.
Ao longo do trabalho, analisarei a obra “Eternidade” em três vertentes que se salientaram ao longo de toda a obra: o amor, a morte, e a preocupação