Ferramentas de corte
O primeiro metal surgiu quando pedras de minério de ferro foram usadas em fogueiras para aquecer as cavernas. Pelo efeito combinado do calor e da adição de carbono pela madeira carbonizada, o minério transformou-se em metal. A evolução ao longo dos séculos levou a sofisticação dos métodos de fabricação e combinações de elementos, resultando nos materiais de alto desempenho hoje disponíveis.
Os materiais da ferramenta de corte possuem diferentes combinações. Geralmente, um material para ferramenta de corte bem-sucedido em sua aplicação deve ter:
1.1 Elevada dureza a frio e a quente.
É a resistência oferecida pelo material à penetração, ao desgaste, e ao atrito.
Mede-se usualmente a dureza com auxílio de penetrador que tem a forma de uma esfera/pirâmide com dimensões e cargas padronizadas.
A dureza da ferramenta deve ser bem maior que a do material a ser usinado, porém, dentro de um limite para que este não se torne muito quebradiço (frágil).
1.2 Tenacidade
É a capacidade que o material tem de absorver energia (deformar-se) até fraturar-se, incluindo a deformação plástica. O material deve ter uma boa tenacidade para resistir aos choques/impactos que ocorrem durante a usinagem, evitando com isso o surgimento de trincas e lascamentos na ferramenta.
1.3 Resistência ao desgaste por abrasão Na região de contato entre a peça-ferramenta-cavaco ocorrem elevadas pressões e presença de partículas muito duras. Essas partículas, devido ao movimento relativo entre os componentes (peça-ferramenta-cavaco, penetram no material da ferramenta. A subsequente remoção das partículas pode ocorrer(desgaste), caso a ferramenta não possua elevada resistência.
1.4 Estabilidade química
Na usinagem a ferramenta e a peça apresentam diferentes composições químicas e estão submetidas a elevadas temperaturas, formando assim uma condição favorável para o surgimento de reações. Estas reações caracterizam-se pela troca de elementos químicos da peça para