Feridos em nome de Deus. Marília de Camargo César - Fichamento
“[...] Os pastores, nessa fase, prosperam junto com a igreja. A afluência de famílias abastadas engordava os dízimos, e o padrão de vida melhorava a olhos vistos. Marcos ressentia-se de ver um padrão de vida alto na liderança enquanto seu salário na escola lhe permitia uma disciplina bastante apertada. “O pastor ensinava que quem desejasse trabalhar para o reino não poderia almejar riqueza; mas ele ostentava uma vida de mordomias.””
Página 35:
“[...] O abuso espiritual poderia ser definido como o encontro entre uma pessoa fraca e uma forte, em que a forte usa o nome de Deus para influenciar a fraca e levá-la a tomar decisões que acabam por diminuí-la física, material ou emocionalmente.”
Página 39:
“[...] Por que tantos parecem querer andar diariamente bem próximos do pastor, como se precisassem de um guru particular que lhes diga como andar, o que vestir, o que comer, o que decidir?”
“[...] Falta a consciência de que é preciso assumir responsabilidades por si mesmo e pela comunidade. Isso acontece muito na política, onde é comum culpar o governo por tudo.”
Página 49:
“[...] Faz parte da natureza humana a transferência de responsabilidades. E a experiência espiritual não permite a transferência de responsabilidade. Ninguém se relaciona com Deus em nome de outro alguém. Cada um se relaciona por si mesmo.”
Página 51:
“[...] Perdoar, perdoa-se. Aprender a confiar novamente implica tempo. Recuperar a credibilidade é uma longa jornada.”
Página 64:
“[...] Não satisfeitos com a visibilidade na mídia, eles também ganharam espaço na esfera política. “Isso desgastou demais a imagem do pastor. Teve um efeito farisaico: ele prega seus sermões, mas vive uma vida incoerente com eles, e as pessoas descobrem. Então, passa a ser visto com hipócrita. ””
Página 72:
“[...] Lideres que cometem abuso, segundo a análise de Gondim, estão em geral obcecados por uma visão. Estão convencidos de que têm uma missão divina, e em nome dela estão dispostos a sacrificar os