Fenômenos elétricos
As células cardíacas são capazes de gerar uma diferença no potencial elétrico da célula. As concentrações de íons dentro de uma célula são diferentes das de fora. Em relação aos íons de sódio (Na) e potássio (K), a tendência seria o Na entrar e o K sair da célula. Entretanto o fluxo é impedido devido a membrana plasmática ser seletivamente permeável. [3]
Cada íon possui um canal específico na membrana, onde são transportados a favor do seu gradiente de concentração, ou seja, por meio de transporte passivo, sem gasto de energia. [5] Estes canais ficam permanentemente abertos, produzindo uma saída constante de K e entrada de Na.
O sódio é uma molécula higroscópica, tem a capacidade de absorver água. No caso de alta concentração de Na no interior da célula, terá também elevada quantidade de moléculas de H2O. Isto pode acarretar no rompimento da membrana da célula. Para evitar isso existe a bomba de sódio e potássio.
A enzima ATPase da bomba de sódio-potássio, leva três íons sódio (Na) para o exterior da célula em troca de dois íons potássio (K) [2] Sendo assim resultará na maior concentração de íons Na no meio extracelular e K no meio intracelular. Gerando uma diferença de concentração entre os meios. Com isso, é criado um gradiente químico onde os íons tendem a passar em reflexo ao seu gradiente de concentração. Para que isso ocorra deverá haver gasto de energia que será fornecido pelo ATP.
Quando o gradiente químico (força que atrai o K para fora da célula) se iguala ao gradiente elétrico (força que retém K dentro da célula), é alcançado o potencial de repouso da membrana, sendo assim, a membrana plasmática ficará em um estado polarizado, pois ela estará em repouso, isto é possui mais íons positivos do lado externo do que do lado interno da membrana.
O potencial de ação abrange a despolarização e repolarização da membrana das células excitáveis e proporcionam uma rápida comunicação à longa distância. Como por exemplo, o que ocorre em