Fenomenologia
A fenomenologia consiste basicamente na fundamentação do conhecimento a partir da experiência do mundo vivido. Para fenomenologia, todo conhecimento têm por base uma experiência já vivida, sendo a partir dessa vida pré-reflexiva que se constitui o momento de reflexão para a ciência. A fenomenologia visa mostrar e descrever o fenômeno tais como foram vividos, a forma como se apresentam, mostrando, explicitando e desvelando as estruturas da experiência vivida. Além disso, busca encontrar o núcleo fundamental do fenômeno, ou seja, a sua essência, que Husserl chama de eidética. Essa essência é única, por isso permiti identificar um fenômeno, há então uma essência única para cada fenômeno. Esse fenômeno não representa a aparição de alguma coisa, pois ele é o próprio ser. Dentro desse sentido, a fenomenologia é o estudo da consciência como fenômeno e se ocupa de explorar e descrever a essência desse fenômeno. Para descrever todos estes fenômenos e alcançar a sua essência, é necessário que não se influencie por tradições, autoridades ou suposições de como os fatos deveriam ou não ser, devendo limitar-se apenas à sua observação. Não se trata de verificar se os conteúdos são reais ou irreais, imaginários ou ideais, mas trata-se de examiná-los como aparecem. Outra ideia importante para a fenomenologia, também citada por Husserl, é o conceito de intencionalidade. Trata-se de preocupar-se com as intenções do sujeito, com o objeto e com o direcionamento da consciência. Sem o significado da consciência não se poderia falar de objeto, nem da essência do objeto. Pois, o objeto nunca será, então, um objeto em si, mas sempre será um objeto percebido, pensado com um significado definido para uma consciência. A fenomenologia nunca se orienta pelos fatos externos ou internos. Volta-se para a realidade. Volta-se para a realidade da consciência, para os objetivos enquanto decididos por e na consciência, ou seja, para essências