fenomenologia
1. Situar artistas (neoconcretismo, Lygia Clark e Hélio Oiticica) e teorias (fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty) no campo da arte e da cultura;
4. Relação do neoconcretismo com a fenomenologia de Merleau-Ponty
Sobre o significado da arte
Willard Van Orman Quine: "A linguagem é uma arte social." ( A relatividade ontológica, 1968 ).
Imaginamos por exemplo que somos estrangeiros em uma terra onde não compreendemos a linguagem verbal local, cada vez que aparece um coelho, um nativo fala a palavra "gavagai", mas para nós, "gavagai"nunca terá um sentido completo. Podemos pensar que os nativos falam "gavagai" quando vêem um coelho significando -"janta!" e mesmo que "gavagai" esteja se referindo ao coelho, esta palavra pode significar -"partes de um animal que formam um coelho" ou "lebre". Se chega a conclusão que a linguagem é sempre social e que nenhuma palavra tem significado fixo. Partindo da idéia de linguagem de Willard Van Orman podemos pensar na arte como um fluxo completamente flexível, que sempre depende de um ponto de referência cultural individual e que nenhuma expressão artística tem significado fixo.
Sobre a Fenomenologia
De Husserl: "A experiência, por si, não é ciência." ( Idéias para uma Fenomenologia Pura, 1913 ).
Como a ciência empírica depende da experiência, podemos concluir que depende da filosofia, porque não podemos fazer uma experiência apenas baseando-se em certezas.
De Merleau-Ponty:
"A fim de ver o mundo, temos de romper com nossa aceitação habitual dele." (Fenomenologia da Percepção, 1945).
Partindo da idéia que a experiência científica depende de contradições para ser executada de modo lógico, concluímos que nossas pressuposições influenciam nas experiências, de forma que, para se fazer uma experiência 'pura' devemos deixar de lado nossas suposições do cotidiano. Segundo Merleau-Ponty, devemos abstrair nossas suposições