Fen Meno Do Neo Canga O No Nordeste

Fenômeno do Neo Cangaço no Nordeste

É comum vermos diariamente os meios de comunicação noticiando mais um assalto a banco ocorrido em pequenas cidades nordestinas. As ações de grupos criminosos contra agências bancárias, postos de auto-atendimento e veículos de transporte de valores, nas cidades interioranas, em todo o Brasil, tem sido uma grande preocupação, tanto das autoridades de segurança pública como da própria população, que fica sujeita a essa violência. Essas ações são crimes organizados. Segundo Renato Ribeiro Velloso, consultor jurídico e membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCrim).
No ordenamento jurídico brasileiro, não existe nenhuma definição de organização criminosa, portanto adaptamos as Leis 9.034/95 e 10.271/01, que versam sobre ilícitos decorrentes de ações praticadas por quadrilhas ou bando ou organizações ou associações criminosas de qualquer tipo. [...] A Le 9.034/95, “dispõe sobre a utilização de meios operacionais para a prevenção e repressão de ações praticadas por organizações criminosas”; e a Lei 10.217, que deu nova redação aos arts. 1º e 2º da Lei 9.034/95, além de contemplar sobre a interceptação ambiental e infiltração policial.1
O crime organizado instiga a imaginação social. Antes de ser abordado como um problema sociológico é percebido mais como um problema social que deve ser colocado em lugar de destaque nas discussões conterrâneas. Por isso a imprensa denominou a prática desse tipo de crime organizado como “neo cangaço”.
Usaram essa expressão pelo fato dessas quadrilhas por onde passam os assaltantes agirem como cangaceiros para roubar as cidades. Os assaltantes escolhem cidades com cerca de 20 mil habitantes e de segurança frágil. Um exemplo desse caso foi o assalto ocorrido na cidade de Pedra Branca, localizada no sertão do Ceará a 261 km de Fortaleza, onde 15 bandidos assaltaram um banco e uma agência lotérica ao mesmo tempo, roubaram cerca de 500 mil reais, segundo a polícia. Eles estavam fortemente