Feminismo e o estado
No começo do século XX, inúmeros temas desenvolvidos desde a Idade Média, implantaram-se na consciência feminista ocidental:
- A idéia, expressa na França no século XIV (Christine de Pisan) e na Inglaterra nos séculos XVII (Marie Astell) e XVII (Mary Woolstonecraft), de que as diferenças entre homens e mulheres provém não da natureza, mas da educação diferente concedida aos dois sexos, e de que o acesso às meninas à instrução deve prepará-las para assumir todos os papeia proibidos pela sociedade.
- O protesto contra a “morte civil” da mulher na família e sua exclusão das funções econômicas e políticas no século XVI na França (Loise Gabbé e Marie de Gournay), no século XVII na Holanda com Anna Marie Van Schurman e na Inglaterra com a duquesa de Newcastle, no século XVIII na França, antes e durante a Revolução, pelas mulheres das classes abastadas dos meios populares e no século XIX pela maioria das feministas do Ocidente.
- A recusa da dupla moral sexual no século XVII pelas inglesas (Mary Tattle e Joan Hit-Him-Home) e no século XIX pelas saint-simonianas e pelas feministas do ICW (Internacional Council of Women)
- A idéia da inglesa Anna Wheeler e da norte-americana Margaret Fuller de que a libertação das mulheres só podia ser realizada pelas próprias mulheres.
- O direito da mulher ao prazer fora do casamento, reivindicando no século XIX por Clarie Demar e pelas saint-simonianas.
- A idéias das francesas do começo do século XIX (Flora Tristan, Jeanne Deroin e suas amigas) segundo a qual a libertação das mulheres é inseparável da libertação de todos os trabalhadores. 67
- A ligação estabelecida nas Associações filantrópicas e religiosas no começo do século XIX e nas associações feministas do final do século XIX entre as lutas em prol das mulheres e as lutas pela paz.
- A crença das mulheres revolucionárias enunciadas por André Leo (em 1870) de que o fracasso da democracia existe “porque os democratas nunca levaram em consideração as