felicidade
Ainda a respeito do prazer afirma BITTAR:
Como o bem humano por excelência não pode se submeter à variedade das opiniões, parece não ser o prazer em si o conceito coincidente com aquele de eudaimonía. Possível, sim, é que se o admita como participante daquele. Daí que aquele que é ordenado pela virtude mais excelente é ordenado por uma atividade da qual não deixa de fazer parte o prazer e, talvez, o mais imorredouro do qual possa desfrutar o homem, ou seja, o gozo das coisas divinas e termos que refogem à inconstância dos gozos passageiros mais comumente consagrados entre os homens. (BITTAR, 1974, p. 1013-1014).
Portanto a felicidade consiste na prática da virtude e não dos prazeres, pois se a felicidade se limitasse aos prazeres, o homem não se distinguiria muito dos animais, como afirma BERTI “se o prazer corpóreo fosse a felicidade, o homem seria semelhante aos animais, para os quais não existe outra felicidade senão esta.” (2012, p. 163-164). No entanto, toda virtude está sempre em relação com prazeres e dores corporais.
A virtude é um hábito, é algo que fazemos rotineiramente, para cumprir determinadas ações. Sendo assim a felicidade consiste em fazer boas ações rotineiramente, por mais que seja difícil e