Feito
As mudanças e a possível aprovação de um novo Código Florestal estão gerando inúmeros comentários e também um sério conflito entre ruralistas e ambientalistas. De um lado os ruralistas defendem que é preciso aumentar a produção, que a sociedade está precisando cada vez mais de alimentos e que a preservação ambiental não pode interferir na produção desses. De outro lado os ambientalistas alegam que é necessário aumentar as áreas de preservação ou, pelo menos, manter as que já existem. O novo Código Florestal deixa muito a desejar na questão ambiental, visto que ao invés de buscar preservar as áreas de vegetação nativa, ele reduz as APPs e extingue as Reservas Legais, tornando-as parte das APPs. Além disso ele permite a anistia de todos que desmataram até 2008 e permite que proprietários de terras de até 4 módulos fiscais (entre 20 e 400 hectares) fiquem isentos de preservar mata nativa. Hoje, há restrições para a agricultura e pecuária em encostas com alto declive (entre 25° e 45°) e o projeto libera essas atividades nas áreas citadas. O Blog SOS Rios do Brasil argumenta ainda que com as alterações propostas pelo novo Código, haveria possibilidade legal de desmatar aproximadamente 22 milhões de hectares de terra no país, o que é equivalente a todo o estado do Paraná. O professor Ricardo Rodrigues, do departamento de Ciências Biológicas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP) afirma que o novo Código Florestal “é insustentável, sob pena não só de comprometer o meio ambiente, mas principalmente sob pena de consolidar uma agricultura de baixa tecnologia”. Ele diz ainda que é preciso construir um novo código “à luz da ciência” e que isso demanda tempo. Pinguelli diz que o aumento do desmatamento em alguns estados é um problema sério e que a aprovação do código poderá favorecer esta situação. Ele admite que há possibilidade de negociar de