Feitas Para Durar Boeing X Douglas Aircraft

CAPITULO V - METAS AUDACIOSAS

Boeing x Douglas Aircraft
Coloque-se no lugar da equipe de gerenciamento da BOEING em 1952. Seus engenheiros tem a ideia de construir um grande avião a jato para o mercado comercial. Sua empresa não tem presença no mercado comercial e suas tentativas anteriores de atingir esse nicho não foram nada animadoras. Seu principal mercado é a Aviação Militar e quatro quintos de seus negócios provem de apenas um cliente – A Força Aérea. Além disso, pesquisas indicam que as principais empresas comerciais dos EUA e Europa demonstram pouco interesse em sua nova empreitada – “Eles fazem ótimos lança bombas e só!”
Nenhuma outra empresa provou que há um mercado comercial para aviões a jato e sua principal rival, a Douglas Aircraft, acha que os aviões à hélice vão continuar dominando o mercado. E por ultimo e não menos importante, a estimativa de custo do projeto é cerca de três vezes o seu lucro médio anual depois dos impostos dos últimos cinco anos – praticamente um 25% do patrimônio liquido da empresa.
O que fazer?
Se você for a gerência da BOEING, desafia as adversidades e se compromete com a meta audaciosa. Constrói o jato, o chama de 707 e coloca o mundo na era do jato. Já a sua rival que mais tarde viria a se tornar Mcdonnell-Douglas, espera ver o que dará do novo jato e é passada para trás, e só em 1958 introduz o DC-8, mas mesmo assim não se igualou a BOEING.
Depois disso, ainda vieram outros grandes desafios como o 727 (inicio da década de 60) e o 737 (meados da década de 60), ambos com o mesmo sucesso ou mais que o primogênito e sempre seguida de longe pela Douglas Aircraft que ficava cada vez mais distante de sua concorrente. Em 1965 a BOEING tomou uma das mais audaciosas decisões da história dos negócios, prosseguir com o 747, decisão que quase acabou com a empresa. O chairman da empresa reagiu da seguinte quando indagado por um membro do conselho de que “se o programa [do 747] não estivesse apresentando bons resultados, eles não