Feira permanente da Ceilandia
Dez anos após a inauguração de Brasília, por Juscelino Kubistschek, ocorria, na Capital do Brasil, um fenômeno sociológico que não fora previsto pelos planejadores da cidade: a falta de habitação. A consequência disso foi o inicio de favelas no centro da cidade. Em 1969, uma comissão da Secretaria de Serviços Sociais, do Governo Hélio Prates, efetuou um levantamento da situação social dos habitantes de Brasília. Os pesquisadores depararam-se com uma realidade assombrosa: existiam no Distrito Federal 14.607 barracos para uma população de 70.128, das quais 22.261 tinham de 0 a 7 anos e a renda da população girava em torno de 0 a 3 salários mínimos. A marginalidade, a prostituição, a criminalidade, as doenças contagiosas conviviam entre os moradores que compunham as favelas. Moradores estes que vieram de vários lugares do Brasil, muitos deles fugindo da seca no nordeste, outros pela falta de oportunidades de trabalho em suas regiões e que ainda não haviam conseguido morar com dignidade.
Devido aos muitos problemas oriundos do aparecimento dessas favelas, o Governo do Distrito Federal (GDF) criou uma Comissão de Erradicação de Invasões (CEI). Essa comissão foi responsável pela criação do Projeto da Cidade de Ceilândia. A CEI elaborou o “Projeto Ceilândia” baseando-se não apenas na realidade constatada, mas também nas aspirações da comunidade. Buscou assegurar uma programação que não apenas objetivasse a remoção das favelas, por meio de projetos na infraestrutura, de melhoramento habitacional e de promoção social das famílias.
A Feira Central de Ceilândia foi inaugurada em junho de 1984 e construída ainda na década de 70, ao lado do símbolo da cidade, a Caixa D´agua, em um espaço de 7000m². Localiza-se na CNM 02, é administrada pelo serviço de Feiras da RA IX e possui uma associação chamada Associação dos Feirantes da Feira Central de Ceilândia (ASFEC), com serviço de som que atende à 460 barracas. Funciona de quarta-feira a domingo,