Febrereumatica
Febre Reumática
Maria Odete Esteves Hilário
CONCEITO
o aparecimento da FR, devido à maior incidência de estreptococcias. A febre reumática (FR) é uma complicação de uma infecção pelo estreptococo β-hemolítico do grupo A de Lancefield, caracterizada por processo in fl a matório transitório de diversos órgãos.
Habitualmente não deixa seqüelas, com exceção do coração1.
Quanto ao sexo, há um discreto predomínio do feminino, em virtude de a coréia ocorrer com maior freqüência nas meninas6.
Epidemiologia
Etiopatogenia
Embora a FR esteja praticamente extinta nos países desenvolvidos, ela continua sendo um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, principalmente devido aos fatores sócioe-conômicos que envolvem as más condições de habitação, a desnutrição crônica e a falta de assistência médica em diversas regiões e favorecem a disseminação de estreptococos2,3. Com relação a idade, é mais freqüente dos 5 aos
15 anos; o primeiro surto é raro antes dos 3 e após os 25 anos.
Apesar de a FR ser, há muito, de etiologia conhecida, a sua patogenia ainda não está totalmente esclarecida. Nos últimos dez anos, a freqüência da FR em nosso serviço tem-se mantido estável, com uma média de dez casos novos/ano6.
A FR é sempre conseqüente a uma infecção estreptocócica (estreptococo β-hemolítico do grupo A de Lancefield) de orofaringe. Essa bactéria é constituída por uma cápsula de ácido hialurônico, pela parede celular composta por três camadas (externa, média e interna), pela membrana citoplasmática e pelo citoplasma7. As estruturas antigênicas mais importantes encontram-se na camada externa da parede celular, são as proteínas M, R e T. A proteína
M, além de ser responsável pelos diferentes tipos do estreptococo β-hemolítico do grupo A, tem uma potente ação antifagocítica. Dentre os diferentes sorotipos, o M1, M3, M5, M6, M14, M18, M19 e M24 estão associados com a FR. Esses sorotipos podem variar de