Favela do Brasil
Finalmente... Sempre.
7:09 da manhã
Todos pensam que foi por causa da neve. E de certa forma, eu suponho que isso seja verdade.
Eu acordei essa manhã para encontrar um fino cobertor branco cobrindo nosso jardim. Não chega a um centímetro, mas nessa parte de Oregon, uma leve poeira faz tudo parar enquanto o único limpador de neve da região se ocupa limpando as estradas. É água molhada que cai do céu – e caí e caí – e não é do tipo congelado.
É neve o bastante para cancelar as aulas. Meu irmão menor, Teddy, solta um grito de guerra quando o rádio de mamãe anuncia o feriado. “Dia de neve!” ele grita. “Pai, vamos fazer um boneco de neve.”
Meu pai sorri e bate em seu cachimbo. Ele começou a fumar um recentemente como parte de seu papel em Father Knows Best¹ que ele começou. Ele também usa uma gravata borboleta. Eu nunca sei com certeza se
isso tudo é de alfaiate ou sardônico – O jeito de papai de anunciar que ele costumava ser um punk mas agora é um professor de inglês do ensino médio, ou se por se tornar professor isso realmente transformou meu pai em um genuíno ser do passado. Mas eu gosto do cheiro do tabaco de seu cachimbo. É doce e suave, e me lembra do inverno e de lenha.
“Você pode fazer uma tentativa corajosa,” Papai diz a Teddy. “Mas mal está grudando nas estradas. Talvez você deva considerar uma ameba de neve.”
Eu posso perceber que papai está feliz. Quase um centímetro de neve significa que todas as escolas da área estão fechadas, incluindo meu ensino médio e o ensino fundamental onde papai trabalha, então é um dia inesperado de folga para ele, também. Minha mãe, que trabalha numa agencia de viagens na cidade, desliga o radio e se serve de uma segunda xícara de café. “Bem, se vocês vão ficar na folga hoje, de jeito nenhum vou trabalhar. Simplesmente não é certo.” Ela pega o telefone para avisar que não vai. Quando ela termina, ela olha para nós. “Eu devo fazer o café da manhã?”
Papai e eu gargalhamos ao