Fatores estressantes para familiares de pacientes criticamente enfermos de uma unidade de terapia intensiva
OBJETIVO
Identificar os principais estressores ambientais, conforme a percepção de familiares de pacientes internados em uma UTI-G de adultos de um hospital público universitário.
INTRODUÇÃO
A admissão em uma unidade de terapia intensiva geral (UTI-G) é um evento estressante tanto para o paciente quanto para os familiares, sendo este caracterizado como uma situação tensa, fisiológica e/ou psicológica, podendo afetar as pessoas em todas as suas dimensões.
PACIENTES
O estresse tem sido relacionado a sensações de tensão, ansiedade, medo e desconforto caracterizado por alterações psíco fisiológicas que ocorrem quando o indivíduo é forçado a enfrentar situações que estão além de suas habilidades de enfrentamento.
Situações específicas como a presença de tubos na boca e/ou nariz, dor, comprometimento do sono, não ter controle de si mesmo, limitação de movimentos e não ter explicação sobre o seu tratamento são descritas na literatura como os itens mais associados ao desenvolvimento de estresse pelos pacientes.
FAMILIARES
A internação em UTI gera também um alto grau de estresse e ansiedade na família9. A gravidade clínica do paciente e a impossibilidade em se comunicar têm sido descritas como fatores de impacto no grau de estresse da família. Dessa forma, a avaliação de eventos causadores de estresse e sofrimento psíquico deve assumir um enfoque diferente, sendo necessária uma atenção direcionada aos familiares.
A gravidade do quadro clínico, a alteração do nível de consciência e a ausência de comunicação implicam a impossibilidade de tomada de decisões pelo paciente10, transferindo para os familiares um papel central durante o tratamento, reabilitação e cuidados empregados após a alta. É necessário, portanto, detectar e minimizar o impacto de eventos estressores na saúde mental dos familiares.
Diante disso, ao longo dos últimos anos os cuidados têm sido