Fato Social
Nós agimos a partir de três elementos básicos: instinto, costumes e racionalidade. Há coisa que fazemos que é inerente a espécie humana, em seu estado biológico, como comer, andar, emitir sons usando a boca e a garganta. Essas ações não são “fatos sociais”. Outra coisa que não é um fato social é uma atitude racional, pensada, mas que seu sentido ninguém conhece, como por exemplo se eu criasse uma linguagem desconhecida de todos de minha sociedade. Nesse contexto, minhas linguagem não teria sentido social. Isso também não seria um “fato social”. Dito o que não é fato social, vamos ao que seria um fato social.
Para pensarmos em fato social não podemos ignorar a dimensão cultural do homem, ou melhor, dos grupos sociais. O conceito “Fato social” está ligado necessariamente ao elemento “cultura”. Tal conceito é uma categoria desenvolvida por Durkheim para definir o que a sociologia deveria se ocupar.
Como a Sociologia surge para pensar os fenômenos sociais, logo tornou-se necessário definir uma categoria para classificar o que deveria ou não ser estudado pela sociologia. A partir dessa concepção, Durkheim criou o conceito categorizador denominado “Fatos Sociais” para classificar os fenômenos que seriam ou não objeto de estudo da sociologia.
Para Durkheim se enquadraria em “fato social” o fenômeno dotado de três características: i) generalidade; ii) coercitividade; iii) externalidade.
Nota-se que tais características são elementos próprios da cultura de todos os grupos humanos, embora Durkheim possivelmente estivesse pensando nas sociedades de cultura europeia.
Os fatos sociais possuem uma força coercitiva que se dá pelas sanções legais ou espontâneas a que o indivíduo é submetido. Outro