Fascismo na Juventude
Totalitarismo e Educação na Itália, na Alemanha e na URSS.
Um Estado totalitário é um Estado autoritário, burocraticamente organizado, dirigido por um partido único, capaz de controlar toda a sociedade. É um Estado ideologicamente compacto, rigidamente estruturado, empenhado em conformar as massas aos objetivos dos partidos- Estado. O seu aspecto totalitário é sublinhado pela oposição a toda forma de democracia e pela reprodução ideológica e organizativa, mediante uma educação que anula os direitos e as necessidades do indivíduo.
Se o fascismo italiano foi o primeiro a esboçar um sistema, de início conservador, depois explicitamente ideológico-totalitário, foi, porém, o nazismo que delineou o sistema mais orgânico e coerente da educação ideológica de massa, inspirada em princípios racistas e militaristas.
Só com Stalin e a sua reforma escolar, só com a pedagogia do coletivo e o papel organizativo assumido pelo partido em relação ao tempo livre juvenil é que o socialismo soviético manifestou tendências totalitárias, mas, no seu conjunto, ele mantém viva uma escola de cultura e não de ideologia apenas, e um sistema educativo extraescolar menos sufocante e menos ideológico, ainda que modelado sobre princípios militares e de dedicação ao coletivo.
Opera Nazionale Balilla e a educação militar.
Opera Nazionale Balilla foi criada em 1926 com o objetivo de educar moralmente, psicologicamente e fisicamente os futuros fascistas. Seus alunos tinham entre seis á dezoito anos de idade. Inicialmente a educação era voltada apenas para os meninos, mas a partir de 1929 as meninas passaram a fazer parte da ONB.
A matrícula na ONB era obrigatória e o controle sobre a participação infantil e juvenil era intenso, a ausência do aluno era um grande problema para seus pais, que poderiam ser acusados de antifascistas.
Os meninos eram educados para serem bons pais de família, bons trabalhadores e principalmente bons