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Vitória Final Ponha os estrangeiros na prisão
Ou num campo de concentração
Ou mesmo no deserto, mas ponha-os para fora.
Matem suas crianças, violem suas mulheres,
Eliminem sua raça.
Se você notar um turco num bonde
E ele o olhar de maneira provocativa,
Então levante-se
E simplesmente dê-lhe um soco.
Depois puxe sua faca e enterre nele 17 vezes.
A rejeição e a intolerância ao diferente talvez façam parte da história desde os seus primórdios. Não é preciso ir muito longe pra notar os primeiros vestígios dessa concepção. Um referencial importante de apartheid, segregação violenta que encontramos hoje está na Idade Média.
Durante a Idade Média, os inquisidores da Igreja Católica queimavam todas as pessoas que não seguiam os modelos da Igreja. Foram séculos de intolerância religiosa. Assim como os inquisidores medievais que jogavam os dissidentes na fogueira, os fanáticos encapuzados da Ku Klux Klan (sociedade secreta norte-americana segregacionista que professa doutrina racista) lançaram fogo contra os negros nos EUA em 1960.
Temos também o exemplo do nazismo que matou milhares de judeus, negros, homossexuais, comunistas e ciganos nos campos de concentração. Como se esse fato não servisse de lição para a humanidade, temos hoje os neonazistas, skinheads e Carecas. O contingente de excluídos se diversificou. Na Europa, aos judeus somaram-se os turcos, os árabes, os africanos e toda a mão-de-obra barata procedente do Terceiro Mundo que buscou a rica Europa como mercado de trabalho nas últimas décadas. Imigrantes turcos são queimados na Alemanha, africanos assassinados na Itália.
No Brasil, os preconceitos dos neonazistas foram adaptados a realidade local: em vez dos turcos, o alvo são os nordestinos (a mão-de-obra miserável que migra em massa para o Sul do país), incluindo também os negros e os homossexuais, além dos judeus.
DA INQUISÃO AO FASCISMO
"Eppur si muove" ("E ainda assim, ela por si só se move")
- Galileu Galilei
INQUISIÇÃO