Farmacopeia
Já se haviam decorrido trinta anos que estava em vigor a primeira edição da FARMACOPÉIA BRASILEIRA, editada que fora em 1929. Nesse largo lapso de tempo, tornara-se o Código Farmacêutico Brasileiro antiquado e desatualizado, em face do imenso progresso que alcançaram as ciências médicas e farmacêuticas, em todo o mundo.
Releve-se, também, que desde 1950 achava-se a obra inteiramente esgotada, Criando, assim, sérias dificuldades ás novas Farmácias e Laboratórios Industriais Farmacêuticos, que legalmente não podem funcionar sem a presença desse Código Oficial. Consequentemente, em todas as localidades do País eram enviadas aos poderes públicos constantes advertências salientando a necessidade de ser elaborada uma nova edição, o que mais se avolumou durante os nove anos de seu total esgotamento.
Eram estas fortes razões para que fosse ativada a elaboração de uma segunda edição.
As monografias que constam da primeira edição e que vão continuar na segunda, sofreram uma completa revisão, de modo a serem atualizadas, quanto aos processos de ensaio, de doseamento e outros requisitos, a fim de bem corresponderem ás exigências da técnica moderna.
Foi mantida a nomenclatura dos medicamentos em português, na ordem alfabética, como na edição anterior, bem como os sinônimos e corrigida a nomenclatura oficial em latim.
A Comissão da Revisão, após meticuloso estudo, deliberou que um grande número de drogas e preparações galênicas oficinais diversas, presentemente de pouco emprego, fossem suprimidas da segunda edição, sendo incluídas, em grande parte, no Formulário Nacional, a ser em breve tempo publicado, como complemento da Farmacopéia.
Tomando em consideração o grande progresso atingido nas três últimas décadas no campo da Medicina e da Farmácia, foram incluídas na presente edição numerosas monografias de valiosos medicamentos, que presentemente dominam a terapêutica moderna tais como: antibióticos, sulfas, hormônios, vitaminas, barbitúricos, etc.
Rio de