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Caso Clínico 1
Uma égua teve complicações no trabalho de parto e foi necessária a cesariana para possibilitar o nascimento do filhote. O histórico da paciente registrava uso de clembuterol e iberin-fólico. Durante o parto foi induzida anestesia através do uso de medetomidina seguida pelo uso do halotano por via inalatória. Foi utilizado atipamezol após o trabalho de parto. Após o parto verificou-se ainda o aumento de transaminases hepáticas (ALT e AST) que diminuiu após 10 dias. O exame do recém nascido mostrou leve deficiência de ferro e foi considerado o uso de potrovitam.
Histórico: A égua registrava o uso de clembuterol, provavelmente relacionado a algum problema respiratório, como uma DPOC. Porém, o mais provável é que este fármaco tenha sido utilizado como tocolítico, para retardar em até 48 horas, o trabalho de parto. O histórico também registrava o uso de iberim-fólico, provavelmente relacionado à anemia megaloblástica. Esta anemia resulta na inibição da síntese de DNA na produção de glóbulos vermelhos relacionados com a deficiência de ácido fólico. Além disso, é caracterizada por glóbulos vermelhos grandes, imaturos e disfuncionais (megaloblastos) na medula óssea. Uma observação importante, é que a égua provavelmente se encontrava em decúbito lateral, diminuindo a oxigenação de seu pulmão. Portanto, os fármacos que deprimem o sistema respiratório devem usados com cuidado.
O clembuterol é um broncodilatador b2 seletivo, porém na falta do agonista adrenérgico β2 seletivo receptor β2, pode preencher receptores β1. É classificado como broncodilatador de administração oral e possui duração prolongada (T1/2= 35 horas), o que era necessário em torno de uma semana para que o fármaco seja totalmente eliminado, refletindo na diminuição do agonista na população do receptor β2. As modificações na pressão sanguínea são consideradas efeitos colaterais consideráveis, incluindo a estimulação cardíaca β1, se as variações da dosagem ótima