Faria, a. o pensamento e a linguagem da criança segundo piaget. são paulo: ática, 1989.
Anália Rodrigues de Faria é Professora Doutora do Departamento de Psicologia da Educação da Unesp, Marília, São Paulo, dentre suas obras destaca-se o livro resenhado O pensamento e a linguagem da criança segundo Piaget, é formado por quatro capítulos totalizando oitenta páginas, feito para atender professores da pré-escola e da escola de primeiro grau, alunos de pedagogia, psicologia e todos que tiverem interesse na educação da criança. A Educação pré-escolar e o desenvolvimento da linguagem tornam claro que a linguagem verbal dificultada muitas vezes nada tem a ver com inteligência, isso ocorre porque a linguagem das crianças não reflete o conhecimento que elas têm do real, se não apresentarem nenhuma disfunção neurológica ou emocional, elas podem assimilar acontecimentos mesmo que não expressem verbalmente. O conhecimento nos primeiros meses de vida ocorre por duas formas, a cognição figurativa, que consiste em formar imagens mentais e a cognição operativa, o agir sobre o objeto, manuseá-lo facilita o reconhecimento posterior, a criança primeiramente conhece os objetos agindo sobre eles para depois fazê-lo através das palavras. O significado das palavras é resultado da união do pensamento com a linguagem e a linguagem não é descoberta sem o pensamento, a palavra por sua vez fixa o pensamento, é importante ressaltar que a inteligência é anterior e condição à aquisição da linguagem. Em seus estudos iniciais Piaget acreditava que linguagem e pensamento eram acontecimentos simultâneos, mais tarde descobriu que na realidade, esses dois aspectos se unem em fases mais avançadas do desenvolvimento mental, concluiu que existe conhecimento sem que haja pensamento e linguagem. O segundo capítulo trata sobre o Período sensório motor, fase que vai até os dois anos aproximadamente, é o período em que os bebês são capazes de perceber as coisas e as