Familia: Uma perspectiva socio-histórica
FAMÍLIA: UMA ABORDAGEM SOCIO-HISTÓRICA
Adriana Oliveira
Conceituar ou definir o termo família, não é algo muito fácil, visto que na literatura presente sobre o assunto não encontra-se uma conceituação única que abranja todas as sociedades em diferentes tempos históricos, e esta dificuldade se dá pelo fato de que
“a maioria das pessoas, (...) quando aborda questões familiares, refere-se espontaneamente a uma realidade bem próxima, partindo do conhecimento da própria família, realidade que crêem semelhante para todos, e daí acabam generalizando ao falar das famílias em abstrato” (Prado, 1996, p. 8).
De acordo com o dicionário elaborado por Bueno (1996) família é o “conjunto de pai, mãe e filhos; pessoas do mesmo sangue ou descendência; linhagem”, definição esta que segundo Prado (1981) não aborda todos os aspectos pelos quais uma família é constituída, aspectos tais como: a relação cultural, histórica, social, econômica, política e afetiva. Sobre este último Nascimento (2006) descreve a partir da realidade brasileira que:
“a nova família, que anteriormente era definida pela obrigação e hoje é definida pelo afeto, cada vez mais aparece no cenário nacional, num debate em torno do presente e do futuro da instituição família e do valor da família diante da generalização do individualismo”.
Sendo assim as relações familiares, seja esta família Patriarcal, Matriarcal, Monogâmica, Poligâmica, Homossexual ou/e etc. são constituídas pela união baseada no afeto e afinidades não simplesmente pela obrigação trazida como herança sanguinea. Etimologicamente, o termo família vem do grego famulus, que traduz-se como pessoas dependentes de um senhor, e vivem sobre o mesmo teto que ele, segundo Nascimento (2006) a esposa e os filhos também são incluídos entre estes dependentes. Esta definição caracteriza como uma família nuclear, assim como a do dicionário, podemos destacar sobre