Falar bem: uma exigência do mercado
Quem não já saiu encantado de uma palestra ou mesmo sentiu-se "tentado" a ficar, do início até o final, diante de uma entrevista concedida na TV? Quem também não se levantou durante uma apresentação, saindo desconsolado, pois o orador não atendeu às suas expectativas? Cenas como essas são comuns de serem registradas nos mais variados segmentos profissionais. Mas, por que será que algumas pessoas conseguem comunicar-se bem e outras, apesar de uma ótima bagagem profissional, não transmitem um conteúdo que encanta e prende a atenção do público? Para responder essas e outras questões, o RH.com.br entrevistou Reinaldo Polito. Mestre em ciências da comunicação, professor de expressão verbal, palestrante e escritor, ele já publicou 15 livros no Brasil e no exterior. Dentre suas obras, encontramos "Como falar corretamente e sem inibições", Editora Saraiva, com 109 edições. "A dificuldade de se comunicar é um sentimento de impotência que tolhe e pressiona a pessoa", afirma Polito. Se você sente dificuldades para se comunicar ou mesmo conhece alguém que enfrenta esse problema, aproveite a leitura e confira as dicas desse especialista da área. Boa leitura!
RH.com.br - Qual a definição para a boa comunicação?
Reinaldo Polito - A melhor comunicação é aquela que atinge seus objetivos. Assim, é boa a comunicação usada por aquele que consegue expor e aprovar um projeto, que participa de uma dinâmica de grupo ou de uma entrevista e conquista o cargo pretendido, que defende um trabalho acadêmico e sai vitorioso diante da banca julgadora, que participa de uma campanha eleitoral e se elege. Não adiantaria nada achar que falou bem se a pessoa saiu derrotada de uma empreitada. Comunicação, portanto, não é apenas estética, mas sim, e principalmente, resultado. Para entender melhor esse conceito, basta analisar a comparação que se faz dos dois maiores oradores da antiguidade, Cícero e Demóstenes - quando Cícero falava, o povo exclamava "que