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Nos dois contos o narrador é narrador-personagem, conta na 1ª pessoa a história da qual também é personagem. Ambos os narradores possuem uma instabilidade psicológica, no conto Os dentes de Berenice percebemos quando o narrador-personagem Egeu comenta sobre a sua doença monomania (obsessão, mania exclusiva) "O mesmo objeto ocupava sozinho a minha mente. E eu desenvolvia em torno dele toda espécie de ocupação". No conto o caso de Valdemar é possível perceber a instabilidade do narrador-personagem, o qual não se revela nominalmente na trama, pela ideia fixa voltada ao hipnotismo e a estranha curiosidade de hipnotizar alguém á beira da morte, "Ninguém fora, ainda, hipnotizado a hora extrema, no momento final da vida.".
Mas apesar da visível insanidade do narrador do conto O caso de Valdemar ele tenta convencer os leitores que sua história é real, após narrar um acontecimento horrendo, estranho e duvidoso da hipnose de Valdemar o narrador insiste em sua história dizendo "Aqui, mesmo que o leitor não me acredite, é meu dever continuar". Mas já no conto Os de dentes de Berenice, o narrador é totalmente insano nem ele sabe o que está acontecendo, não sabe o que é real e o que é ilusão, isso no final da trama.
Apesar dos dois narradores serem os mesmos nos dois contos, eles se comportam de maneira diferente em relação às outras personagens, no conto O caso de Valdemar é notável que o narrador tivesse uma amizade superficial com o personagem Valdemar, pois ele não relata nada de íntimo sobre ele, comenta seu endereço, sua doença, e que sabia que Valdemar não tinha parentes na América que pudessem interferir no magnetismo que ele pretendia submeter