FACULDADE

O "welfare state" ou estado de bem estar social existe em todos os países desenvolvidos. Simplesmente se trata de políticas de previdência e seguridade social. De maneira geral, se encaixam nessa definição o seguro desemprego, licença maternidade, pensões públicas, aposentadoria por invalidez e coisas do gênero. A literatura sobre o tema divide os welfare states em três estilos diferentes: os liberais, os conservadores, e os social-democratas.

Os liberais são de países como os EUA, Inglaterra, Japão e, atualmente, Nova Zelândia. A característica principal é que suas políticas são "means-tested". Quer dizer, não são universais, mas pretendem apenas providenciar uma "rede de segurança" para os mais pobres. O "welfare state" conservador é o que surgiu na Europa continental, primeiro com Bismarck na Alemanha, e depois com os partidos de centro-direita. São mais universais em suas políticas, mas o objetivo não é a redistribuição, apenas a proteção das famílias durante crises e desemprego, sejam essas famílias ricas ou pobres (com os beneficios proporcionais a contribuição).

O ultimo tipo, o social-democrata, só existe nos paises escandinavos. A ênfase é na redistribuição e na igualdade. Todas as famílias recebem ajuda do governo, mas as mais pobres recebem mais. Nos anos 80, mais da metade da renda das famílias mais pobres vinha do governo. Paradoxalmente, esse tipo de welfare state tem tido menos problemas que o conservador (embora gaste mais). Em parte por razões culturais, mas em parte, também, porque, por serem programas universais, as pessoas monitoram muito bem quem é o "Free Rider". Assim, existe mais pressão para que o sistema não seja abusado.