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GPS na topografia de mineração
Por MundoGEO | 0h00, 15 de Dezembro de 1998
"Em pouco tempo a topografia tradicional se tornará obsoleta"
Por Marília Kubota e Rogerio Galindo
O depoimento é de um técnico da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) treinado para executar serviços de topografia com GPS nas minas de ferro de Carajás.
Receptor móvel preparado para medir escavação da boca de um túnel
O entusiasmo com a nova tecnologia não é a toa. Desde o final de 1997, quando começou o uso de receptores GPS na mina N4 de Carajás, os ganhos em produtividade, a redução de custos e a maior qualidade nos serviços foram consideráveis. As equipes de topografia passaram a levantar 50,8 pontos/hora/homem contra 4,5 pontos/homem/hora antes da informatização. No caso das locações, a produtividade mais do que triplicou: de 2,8 pontos/homem/hora antes, passou-se para 7,8 pontos por homem/horas depois da implantação do sistema. Para um empreendimento do porte da mina de ferro de Carajás, onde são levantados mais de 50 mil pontos e locados mais de 33 mil pontos por ano, estes números são significativos.
A CVRD, que diz ter sido a 1ª mineradora brasileira a entrar na era GPS, não está sozinha nesta experiência. No mundo todo, grandes empresas de mineração estão descobrindo as vantagens de usar o posicionamento por satélite no planejamento da explotação (termo usado por mineradores para exploração) de jazidas de minérios. As vantagens são muitas.
A precisão atingida no levantamento e na locação de dados, tratados em softwares, é maior do que a de dados levantados manualmente, por fotos aéreas ou mapas planialtimétricos. Além disso, o processamento e a disponibilização dos dados para as áreas operacionais e de planejamento de lavra são feitos com muito maior rapidez.
Outro ganho é na diminuição de paralisações de frentes de trabalho. Com o uso dos satélites de posicionamento, que operam 24 horas por dia independentemente de condições de