Faculdade
Descrita por Thomas Smith em 1874 como uma infecção osteoarticular causada por microorganismo piogênico, executando-se o bacilo da tuberculose, pode apresentar mortalidade acima de 50%. Apresenta incidência em crianças 5,5 a 12 casos por 100.000 indivíduos, sendo o quadril a articulação mais acometida, seguida pelo joelho, ombro e cotovelo. Pode ocorrer em pacientes de qualquer idade (WANG et al., 2003; WILSON e DI PAOLA, 1986; LOURENÇO et al., 2006 apud NETO et al., 2011).
A artrite séptica do quadril difere da artrite em outras articulações periféricas pelo potencial de complicações que pode apresentar um mau prognóstico. Deve-se lembrar da localização profunda da articulação do quadril, onde em muitas vezes pode não evidenciar os sinais de infecção. Um atraso no diagnóstico, pode resultar em danos na cartilagem articular do acetábulo e fêmur proximal, da epífise, placa epifisária e metáfise femoral proximal, resultando em sequelas graves que irão comprometer o futuro da articulação envolvida, perda da mobilidade articular, dor, claudicação, discrepância do comprimento dos membros e a artrose precoce (DOBBS et al., 2003; WADA et al., 2003; HUNKA et al., 1982 apud NETO et al., 2011). Diagnóstico fisioterapêutico
Diminuição de ADM em quadril e MMII, algia em MMII, presença de claudicação.
Avaliação
Verificar caminhada e sua mobilidade articular;
Verificar comprimento dos membros para verificar ADM.
Teste Especial
Teste de Patrick (Teste Fabre)
Indicação: destina-se a alertar o fisioterapeuta para a possibilidade de uma patologia do quadril ou de acometimento da articulação sacroilíaca. Clinicamente, este teste não produz informação útil acerca de uma patologia específica (PALMER e EPLER, 2000).
Método: paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta posiciona o membro a ser testado em flexão, abdução e rotação externa (FABRE), de forma que o pé do membro a ser testado fique apoiado sobre o joelho oposto do paciente.