Faculdade ipiranga
Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2006, 5(especial):109-117
A interferência da mídia, no qual o termo, segundo Betti (1997), significa o conjunto de meios de comunicação de massa existente em nossa sociedade, em geral, principalmente da televisão, na vida cotidiana do adolescente, tem se tornado um grande veículo informativo acerca da sexualidade. Pesquisas mostram que os jovens e adolescentes de 12 a 17 anos têm consumido mais bebidas alcoólicas e cigarros seja em casa, em bares ou casas noturnas do que as gerações de seus pais; têm namorado mais livremente e como resultado, têm relações sexuais mais cedo, em que meninas têm sua primeira experiência sexual entre 15 e 17 anos e os meninos entre 13 e 14 anos e têm se vestido como a moda apresenta, no qual, na maioria das vezes, são roupas utilizadas nas novelas e seriados dedicados a esse público alvo. Com relação à sexualidade, uma das principais influências na vida do adolescente é a televisão. Os jovens de 4 a 17 anos assistem, em média, 3,5 horas por dia. Os jovens e adolescentes passam grande parte do seu dia assistindo televisão, sendo muitas vezes programas recheados de cenas sexuais, violência, conflitos familiares, e isso corrobora para que o jovem construa imagens distorcidas e valores conflitantes. Observa-se, então, que a sexualidade está relacionada com os valores e o contexto cultural que o adolescente está inserido, e diante disso, a preocupação que surge é que tipo de cultura está subsidiando o adolescente nos dias atuais e que tipo de sexualidade está inventando para inserir-se em sua época (CARIDADE, 1999). Debord (1998) aponta que: O adolescente está inserido numa sociedade do espetáculo, onde a vida é pobre e os indivíduos são obrigados a contemplar e consumir passivamente imagens de tudo o que lhes falta na vida real. A mídia tem se tornado poderosa pelo gigantismo das imagens. Hoje, o jovem