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Introdução
A solidez de uma edificação depende, em primeiro lugar, de uma fundação bem dimensionada. Para isso, a engenharia já evoluiu a ponto de garantir que até as estruturas mais pesadas mantenham-se estáveis e, é claro, sem recalques consideráveis, mesmo em solo ruins. A variedade de sistemas, equipamentos e principalmente processos executivos é enorme, restando o desafio de identificar a maneira mais adequada de acordo com as peculiaridades da obra e do terreno.
São muitas as possibilidades quando se fala em fundações profundas – aquelas cujo comprimento da estaca predomina sobre sua seção transversal, ou a camada de suporte está a uma profundidade maior que 2 m.
Segundo explica a engenheira Gisleine Coelho de Campos, pesquisadora do Agrupamento de Fundações da Divisão de Engenharia Civil do IPT, normalmente, a esses tipo de solução estão associadas às estruturas de grandes cargas ou características de solo superficial ruim. No entanto, solos com baixa capacidade de suporte em pequena profundidade também podem obrigar a utilização de fundações profundas até mesmo para uma casa ou um sobrado. É importante destacar essa falsa ideia de que fundação profunda serve apenas para obras de grande porte. O que define o tipo de sistema é conjunto: tipo de estrutura e característica do solo. No caso das estacas moldadas in loco, as tecnologias disponíveis vão desde simples estacas-brocas até as modernas estacas Omega e a hélice contínua monitorada. O que diferencia grande parte dos métodos de fundações é o processo executivo. Os estacões, por exemplo, como o próprio nome já indica, além de possuírem maior diâmetro, são escavados usando lama bentonítica, fluido que ajuda a estabilizar a parede da escavação. Seu uso se justifica em obras de maior carga e os equipamentos chegam a atingir 70 m de profundidade. A limitação, no entanto, está na necessidade de um amplo canteiro de obras, não só por causa das grandes máquinas de perfuração, mas também pela