Fabricio Lucas
A história do Brasil foi marcada pela escravidão dos africanos pelos colonizadores portugueses durante aproximadamente seus três primeiros séculos. Estas raízes causam consequências até hoje na sociedade, política, economia e cultura brasileira. Mediante disto, analisarei o principal fator que persiste nos dias de hoje causado pelo regime escravocrata. O Brasil é um país composto de múltiplas raças diferentes e da miscigenação destas. Por causa do histórico racista brasileiro, as elites, em sua grande maioria composta de brancos procuram de certa forma se distanciar das camadas populares formadas sobretudo por negros e mulatos. Estas acabam sendo excluídas, sem acesso a cultura e educação apropriada por culpa da falta de mobilidade social. De um ponto de vista geral, a afirmação: “pobreza tem cor”, aparentemente preconceituosa, pode ser verificada pelo fato seguinte: segundo o PNAD, em pesquisa efetuada em 2006, 57.6% da população de baixa renda no Brasil é negra. Isto é explicável, pois desde a escravidão e até mesmo em sua abolição em 1888 pela Lei Áurea, os negros vivem excluídos se submetendo a péssimas condições de vida. Este problema persiste pela falta de planejamento e programas de inclusão dos negros e indígenas na sociedade. Apenas alguns tímidos esforços foram feitos recentemente, como as cotas raciais, porém nada que resolva o problema da separação racial. Hoje se vê, não mais um racismo explicito da classe mais abastada como na época da escravidão, porém um “muro invisível” separando estas duas raças, considerando que apenas uma minoria foge do determinismo social para se juntar à outra classe. Acredito que a principal herança do regime escravocrata no Brasil é portanto a segregação racial que resulta na marginalização dos negros e mulatos. Este fato marca negativamente a sociedade brasileira pois após cinco séculos desta segregação,