Extrofia vesical - cuidados de enfermagem
A palavra Extrofia é derivado da palavra grega ekstriphein , que literalmente significa "virar do avesso". Extrofia vesical ou comumente chamada de extrofia da bexiga trata-se uma malformação congênita da bexiga e suas estruturas relacionadas, onde estas são virados do avesso (protrusão). A pele da parede abdominal inferior, que normalmente cobre a bexiga, também não é formada corretamente e é separada, expondo o interior da bexiga para o mundo externo. Acontece devido à uma falha de crescimento embrionário que começa no início da gestação, onde o embrião ainda está com 4mm e leva a uma ruptura prematura da membrana cloacal. Dependendo do tamanho do defeito e do estágio de desenvolvimento que ocorre irá gerar uma extrofia vesical, extrofia cloacal ou epispádias. Estas variações de patologias podem ocorrer separada ou simultaneamente.
Manifestações clínicas
Embora seja uma condição física rara, ocorrendo entre cerca de 10.000 a 40.000 nascimentos, numa relação de 1,5 a 2,3/1 entre o sexo masculino e feminino.
As alterações anatômicas são diversas: 1) Sistema músculo-esquelético: a pelve possui uma abertura maior que a habitual contribuindo para a redução do tamanho do pênis e o característico “andar de pato” das crianças, o qual será eliminado com o passar do tempo. 2) Cicatriz umbilical: por conta da bexiga nascer para fora da parede abdominal as crianças com extrofia deverão ter uma reconstrução do orifício do umbigo. 3) Hérnia: a maioria das crianças nascidas com extrofia apresenta uma hérnia na região da virilha (inguinal), que deve ser corrigida preferencialmente durante a reconstrução vesical. 4) Anomalias anorretais: em alguns casos é possível observar o estreitamento do canal ou orifício retal (estenose anorretal) que pode requerer dilatação obtida por intermédio de cirurgias. 5) Genitália masculina: a condição óssea faz com que os corpos cavernosos fiquem separados e o pênis pareça menor. Assim o pênis tem uma aparência