Extensão da vida útil de melões minimamente processados utilizando revestimentos comestíveis: análise a partir da síntese de etileno
Camila dos Santos Bandeira, Islávia Konageski Rodrigues1, Lilian de Souza1, Raul Vicenzi, Anagilda Bacarin Gobo2
1 academicas química bacharelado
2 professores do DBQ
INTRODUÇÃO: No Brasil, o cultivo temporário de frutas é comercialmente importante para a economia, entre estas se destaca o melão. De acordo com dados do IBGE, em 1990 a produção no país era de 59.360 toneladas e passou para um volume de 340.464 toneladas em 2008. Porém o que prejudica a comercialização do melão é a dificuldade no armazenamento, pois a vida útil pós-colheita não ultrapassa uma ou duas semanas. Durante o processamento as frutas são cortadas, o que forma injúrias no tecido celular, acarretando numa maior taxa respiratória, e consequentemente aumento da produção de etileno. O etileno caracteriza-se por ser o único hormônio gasoso presente nas plantas, é responsável pelo desenvolvimento da fruta, sintetizando enzimas responsáveis pelas mudanças bioquímicas e fisiológicas, e o aumento da sua produção acelera a senescência da fruta, diminuindo sua vida útil. Os revestimentos comestíveis têm sido bastante explorados, pois minimizam a perda de umidade e reduzem as taxas de respiração, podendo manter a qualidade e prolongar a vida de prateleira de frutas. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência de diferentes películas comestíveis na extensão da vida útil de melões ‘Cantaloupe' minimamente processados, com base na quantificação da síntese do gás etileno pelos melões após o seu processamento mínimo.
METODOLOGIA: Os frutos de melão Cantaloupe foram adquiridos em um supermercado na cidade de Ijuí/RS. Os cubos de melões foram imersos durante 5 segundos em revestimentos diferentes (fécula de mandioca 4% (m/v), carboximetilcelulose 0,5% (m/v) e alginato de sódio 2% (m/v), sendo que uma porção não foi revestida. A determinação da síntese de