Exposição Interocetiva

A exposição interoceptiva consiste na aplicação de exercícios de exposição estruturados que têm como objectivo provocar determinadas sensações corporais. A natureza dos exercícios varia de acordo com as principais queixas do paciente. A finalidade principal deste tratamento centra-se na evocação de sinais e sintomas relacionados com a excitação do sistema nervoso autónomo, de modo a que o paciente possa experienciar essas sensações de forma voluntária e deliberada, resistindo à tendência de fuga.
Antes de iniciar o processo de exposição interoceptiva é importante que o terapeuta realize uma avaliação completa do histórico médico do paciente verificando se existem experiências problemáticas que se relacionem com a excitação do sistema nervoso autónomo, para além de antecedentes e consequências de tais experiências. Importa também saber como o paciente responde a essas situações. Outros factores revelam-se igualmente importantes antes de dar início à aplicação dos exercícios como: o estabelecimento de uma boa relação terapeuta-paciente, a ocorrência de uma fase de psicoeducação, procurando explicar a natureza do medo e da ansiedade como respostas adaptativas mas também como respostas que se podem assumir como debilitantes, realização de procedimentos de relaxamento e reestruturação cognitiva e a preparação do paciente para a realização dos exercícios, indicando que no inicio poderá ser um processo um pouco difícil, mas que com a prática repetida se tornará mais fácil. Importa referir que os exercícios de exposição interoceptiva são introduzidos e aplicados de forma gradual, sendo que o paciente deverá iniciar com um exercício mais fácil de tolerar.
De modo a que seja possível estabelecer uma hierarquia de situações que lhe provocam medo e assim proceder à selecção apropriada de exercícios de exposição interoceptiva, importa que o terapeuta indique ao paciente para realizar auto-monitorização no seu ambiente natural. Tal processo permite fornecer ao terapeuta