explosivos
Os explosivos militares não atômicos mais poderosos são misturas aluminizadas, como o Torpex e o HBX (RDX, TNT, alumínio e cera). Em virtude das exigências militares serem muito severas, somente alguns poucos explosivos sobreviveram aos ensaios competitivos. Para entender como os explosivos são empregados para fins militares é fundamental compreender a construção de um obus de artilharia, conforme o esquema da
Figura 08. O obus é constituído por um cartucho fino de latão ou de aço contendo um iniciador, o ignidor e a carga propelente. Este cartucho se ajusta cerradamente na arma e, na explosão da carga, expande-se, selando a culatra da arma e impedindo que os gases da combustão do propelente escapem; com isso, todo o efeito do propelente se exerce sobre o projétil, que é a parte destrutiva do obus. O iniciador contém uma pequena quantidade de explosivo primário ou mistura sensível (por exemplo, azida de chumbo ou uma mistura, como KClO3 + Pb(CNS)2 + Sb2S3 + TNT + vidro moído). A mistura explode pelo impacto do percussor e provoca uma chama, a qual inflama uma carga de pólvora negra no ignidor, que, por sua vez, inflama a carga propelente de pólvora sem fumaça. A combustão da pólvora sem fumaça provoca a rápida emissão de gases aquecidos, que ejetam o projétil pelo cano da arma. Ao atingir o alvo, sob a ação do impacto ou mediante a ação de um mecanismo de detonação controlado, explode uma pequena quantidade de explosivo primário (detonador); isso causa a explosão de um reforçador explosivo de sensibilidade intermediária entre a do explosivo primário e a da carga principal que amplifica a onda explosiva do explosivo primário e garante a completa detonação da carga principal. A carga de arrebentamento, ou alto explosivo, é usualmente o TNT puro ou misturado com o nitrato de amônio (TNT-NA). Usam-se também, em alguns casos, o RDX, PETN e o picrato de amônio. Figura 08 – Esquema
Propelentes para fins militares
Como