EXPLORAÇÕES E MIGRANTES
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Exploração de migrantes para trabalho escravo em países desenvolvidosTrês por cento da população mundial reside fora de seu país de origem ou de nacionalidade. Sessenta por cento dos migrantes do mundo vivem em países mais desenvolvidos (aproximadamente 1,4 milhões de pessoas por ano dirigem-se para os países desenvolvidos, segundo relatório da OIT). Desses, 56 milhões estão na Europa. Em alguns países europeus, como Luxemburgo e Suíça, eles chegam a representar 25% da força de trabalho. Isso, no entanto, não se reflete na garantia de direitos, concedidos normalmente aos nacionais dos países receptores.
Os rios de dinheiro que fluem para os países em desenvolvimento entre eles, Índia, Bangladesh, Marrocos, México, Sri Lanka, Nepal, Egito e Filipinas – é um dos efeitos mais positivos da migração. Mas o que é benção para alguns, torna-se calamidade para outros. No lado obscuro, estão à contínua exploração dos migrantes, em especial no Oriente Médio, os baixos salários, o cuidado médico inadequado e condições atrozes de trabalho.
A maioria dos problemas se refere aos indocumentados, cuja existência nem é reconhecida pelos Estados. A condição de insegurança dos migrantes os força a viverem ao desabrigo ou mudando de lugar em sub-moradias. Com frequência são submetidos à identificação abusiva, a invasão do lar ou local de trabalho e a interrogatórios nos quais podem sofrer violências físicas e psicológicas, preconceito e tratamento desumano ou degradante. Seus encontros com a polícia não são relatados porque não têm parentes para contestar sua prisão ou mesmo seu desaparecimento. Mesmo quando seus direitos mais elementares são violados, não procuram remédios judiciais porque temem a deportação. Quando encontram trabalho, são empregados na economia informal, onde a exploração é certa diante do medo de serem denunciados às autoridades e podem ser submetidos a condições semelhantes à escravidão. Não há registros oficiais de seus empregos dificultando-se o