EXPLORADORES DE CAVERNA

No caso dos exploradores de caverna em que cinco membros da Sociedade Espeleológica ficam presos em uma caverna. Enviadas equipes de resgate, para tentativas de desobstrução, no vigésimo dia, foi estabelecido contato, souberam então que o resgate precisaria de pelo menos dez dias para fazer o salvamento, descrevendo suas condições e as provisões de que dispunham o médico respondeu que havia escassa possibilidade de sobrevivência. Passado algum tempo, Whetmore, em nome do grupo, indagou se eles seriam capazes de sobreviver se alimentando da carne de um dentre eles, decidiram então tirar a sorte lançando dados, antes de serem lançados, Whetmore desistiu do acordo, queria esperar mais uma semana e foi acusado de violação, um dos acusados lançou os dados no lugar de Whetmore, que perdeu, sendo assim morto e devorado pelos demais no vigésimo terceiro dia. No trigésimo segundo dia foram resgata
Diante dos fatos ora explicitados, a vítima sugeriu a morte de qualquer um deles para servir de alimentação aos outros, mas o mesmo na iminência do sorteio desistiu pondo por fim o acordo de cavalheiros firmado, ocorre que, sua rejeição não foi respeitada pelos colegas, inacreditavelmente, o sorteado foi a vítima, segundo os acusados.
Neste sentido, cabe o questionamento da validade deste acordo, uma vez que, não se pode admitir que possam as pessoas contratar visando objetos ilícitos, imorais, com flagrante violação dos princípios fundamentais que norteiam uma sociedade. Menos ainda, poder-se-ia admitir a imposição desse contrato a qualquer das partes, com base em qualquer doutrina jurídica, pois o simples conhecimento basilar dos conteúdos principiológicos, que devem nortear essa matéria, afasta por inteiro essa pretensão.
Importante observar o flagrante desrespeito e violação do princípio da dignidade da pessoa humana, princípio este que serve como espinha dorsal para qualquer ordenamento, o qual é consagrado na nossa constituição vigente (Art. 1º, III CF/88) como