Experiência de ser um Flaneur A música é um elemento que está constantemente presente na vida das pessoas que vivem em cidades grandes, ainda que muitas vezes despercebida ao cotidiano conturbado de um paulista. Além de ser usada como forma de entretenimento, é comum observar a música como ferramenta para comércio. Levando isso em conta, resolvemos explorar o universo musical presente no centro da cidade de São Paulo, como elemento analisado no processo de um flaneur. Partindo da Praça da Sé, saímos sem destino e com os ouvidos abertos. Primeiramente descobrimos como forma de expressão cultural: a capoeira. Essa forma de arte espalhava alegria no ambiente, não só para os praticantes, mas para os passantes. Diferente das outras formas de música que encontramos ao longo do caminho, a capoeira não tinha nenhum fim lucrativo. Logo depois, o que nos chamou atenção, foi a relação entre a música e produto vendido nas lojas, que encontramos na Rua Direita. O comércio de roupas juvenis tocava músicas geralmente escutadas em baladas e rádios para adolescentes. Já nas lojas de departamento, o som escutado era um que atinge um público mais amplo, como o reggae e MPB. Saindo da Rua Direita, escutamos uma música equatoriana tocada ao vivo ao estilo de “passar o chapéu”, e que vendia CD’s do músico. Esse som caracterizou a nossa passagem pelo Viaduto do Chá. Foi interessante observar como houve uma mudança drástica da transição da Rua Direita para o Chá. Em seguida fomos atraídos pelo pequeno rádio do segurança de uma loja, na Rua Conselheiro Crispiniano. Observamos que a música nesse momento tinha outro papel, do que as encontradas anteriormente, já que sua forma de entretenimento do mesmo era escutar música. No final do logradouro, escolhemos bifurcar para a direita, na Rua Sete de Abril, pois havia um pesado “Dubstep”, tocando em uma loja de aparelhos multifuncionais. Concordamos que essa especificamente não se encaixava no padrão de música como ferramenta