expansão maritima
Por volta de 1150, a Europa Ocidental começa a se transformar lentamente através de modificações causadas por uma expansão comercial e agrícola. O panorama medieval de estagnação e regressão das trocas econômicas começa a dar lugar a um renascimento comercial fomentado pelo movimento das cruzadas que havia colocado a Europa novamente em contato com o mundo, abrindo o Mediterrâneo para os europeus através da reconquista de territórios como a Península Ibérica, até então dominada pelos mouros, e restabelecendo rotas comerciais entre ocidente e oriente. A drenagem de pântanos e a derrubada de florestas possibilitaram o surgimento de novas regiões cultiváveis, o que também incentivou essa expansão comercial, favorecida agora pela crescente existência de produtos agrícolas que se tornaram excedentes econômicos passíveis de troca na medida em que não eram consumidos nas grandes áreas rurais.
Motivado pela expansão comercial, o renascimento urbano também desponta nesse novo cenário europeu até então marcado pela esmagadora ruralização, tornando as cidades um local de troca dos bens produzidos em cada região, onde artesãos e comerciantes conviviam com relativa liberdade juntamente com servos que fugiam do campo em busca de uma vida melhor. Diversas regiões da Europa se conectaram através da atividade comercial, destacando-se a planície de Champagne na França como local adequado para se realizar feiras onde mercadores das cidades do sul da Itália, como Gênova e Veneza, que dominavam o comercio com os orientais, podiam se encontrar com mercadores flamengos da região de Flandres, que traziam