Exercícios

BUROCRACIA

Na maioria das vezes a burocracia é vista como uma ineficiência, ou quando numa dada organização “o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo as soluções rápidas e eficientes”. O termo é empregado também com o sentido de apego dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização. Aos poucos o senso comum passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema. Para Max Weber a burocracia é exactamente o contrário, é a organização eficiente por excelência; para conseguir esta eficiência, a burocracia precisa detalhar rigorosa e antecipadamente o modo como as coisas devem acontecer. Hoje em dia alguns estudiosos defendem que a burocracia não é tão eficiente como Weber apresenta, levando ao excesso de formalismo, de documentação e de “expedientes”, o que conduz a baixa eficiência. Nas Instituições Hospitalares a Burocracia está bastante presente, com um excesso de formalismo, normas e rotinas. O utente, quando procura um tratamento ou o acesso a cuidados de saúde, defronta‐se, desde logo, com as normas vigentes. O objectivo inicial, que seria o de facilitar e dar maior rapidez ao desenvolvimento das actividades operacionais e ao atendimento das necessidades dos clientes, transforma‐se normalmente num pesadelo. A burocracia em excesso causa demora e esta gera ineficiência, causando um efeito adverso, contrário ao efeito esperado. Em vários departamentos, em vários serviços e de modo comum a vários profissionais e dirigentes, há uma tendência para se ligar o “complicómetro”, para a produção de papel, relatórios, dados, gráficos, reuniões de discussão e decisão sobre coisa nenhuma e criação de trabalho interno, desnecessário, muitas vezes irrelevante e apenas gerador de empowerment interno. Esta tendência castra os seres criativos, estimula o imobilismo, tende a matar o pensamento e a crítica e aliena a instituição ao esmagador peso do pior lado da burocracia formal. É este o estado da arte em muitos hospitais