Exercício ético do poder
Para compreender adequadamente o que significa a ética no poder precisamos entender a diferença entre poder e força. Temos diversos conceitos à respeito, porém são muito parecidos entre si.A força é um dos elementos do poder que também envolve a autoridade. Pessoas que têm poder são capazes de impor suas vontades a terceiros.Um assaltante coage sua vítima com sua arma, por exemplo.Ele está com o poder em suas mãos, porém este ato não é exatamente um exercício do poder, pois gera obediência sem gerar o dever. O poder gera obrigação, porque ele envolve não apenas força, mas possui um diferencial que é a autoridade. Esta, por sua vez confere a alguém (chefes, diretores e gerentes) a possibilidade de impor deveres a outras pessoas. Sendo assim, o exercício do poder é um exercício de uma autoridade constituída normativamente. Isto quer dizer que não há autoridade sem norma, assim como não há poder sem força. Porém tanto a força quantos as normas vinculadas a autoridade podem ter características muito diferentes. Se a obediência for conquistada por meio de violência física, a força é exercida diretamente sobre o corpo ou sobre os bens do indivíduo.Mas também pode ser através de uma violência simbólica tais como sentimentos de culpa ou punições divinas. A obediência também pode ser espontânea, quando a pessoa possui vontade própria de obedecer. Conclui-se que a força é a medida da capacidade de uma norma gerar obediência. Para se obter a obediência é necessário ter uma autoridade legítima, como nas religiões por exemplo, autoridades políticas, instituições ou pessoas específicas. O exercício do poder está presente em nossas relações mais comuns, até das relações institucionais.em qualquer relação humana somos constantemente dominadores ou