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Acusados de morte de cinegrafista Santiago Andrade deixam a cadeia
Enquanto aguardam julgamento, os dois não poderão deixar o estado nem sair de casa à noite ou frequentar manifestações e reuniões de grupos políticos.
Os dois acusados de acender e lançar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade saíram nesta sexta-feira (20) da cadeia.
Caio Silva e Fábio Raposo deixaram o presídio em um carro preto, pouco depois de 12h. Eles foram libertados por uma decisão da 8ª Câmara Criminal, que desqualificou a denúncia do Ministério Público por homicídio doloso triplamente qualificado.
Antes a pena dos acusados de acender e atirar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade poderia chegar a 30 anos de prisão. Agora, Caio e Fábio poderão responder por homicídio culposo, sem intenção de matar, ou por explosão seguida de morte, com pena máxima de oito anos de reclusão.
Enquanto aguardam o julgamento, os dois não poderão deixar o estado nem sair de casa à noite ou frequentar manifestações e reuniões de grupos políticos.
“A primeira regra é a da consciência. Eu posso dizer, efetivamente, sem a menor margem de dúvida, que o Caio vai cumprir todas as regras. Não sou advogado do Fábio, mas creio sinceramente que ele também vai cumprir isso”, afirma o Wallace Martins, advogado de Caio.
O Ministério Público já anunciou que vai tentar suspender a decisão que deu liberdade aos réus. E para isso estuda algumas possibilidades. Uma delas é entrar com recurso e uma medida cautelar no Tribunal de Justiça do Rio.
“O objetivo é permitir que até o final do julgamento do recurso eles continuem sendo julgados pelo tribunal do júri, que era o que se desejava inicialmente, por homicídio triplamente qualificado, por terem assumido o risco desse crime”, destaca o procurador de Justiça Júlio César Lima dos Santos.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo lamentou a decisão da Justiça e declarou que ela desconsidera que Caio e Fábio assumiram o risco de matar ao